sábado, 23 de dezembro de 2017

Árvore de botões

Boa tarde!

Leitores, aproveitando as vésperas do feriado para apresentar mais um projeto voltado aos temas transversais realizado em sala de aula como projeto experimental, as experiências apresentadas anteriormente tiveram grande impacto positivo no corpo docente e discente, após a leitura espero a participação com críticas e sugestões. 

Abraços e boas festas!!!

Objetivos:
Relacionar o respeito às diferenças e o direito à cidadania;
Valorizar e respeitar a pluralidade cultural, religiosa e de gênero existente no mundo.
Priorizar as práticas cooperativas, no intuito de desenvolver as relações de parceria e cooperação entre os educandos.

Metodologia:

Para a realização da atividade que tem como título “Árvore de botões”, usaremos como recursos despertador do debate, uma gincana de tabuada. Gincana esta, que já havia sido proposta para os alunos com uma semana de antecedência. Onde a professora, explicou as regras previa do jogo para os educandos. Os alunos foram divididos em grupos, grupos estes que primamos pela interação entre os alunos, além de servir para reforçar o domínio das quatro operações de matemática básica.
Regras pré-estabelecidas:
Ø  Os alunos serão sorteados para vir à frente via sorteio de dois a dois;
Ø  Cada dupla sorteada tem direito a três perguntas;
Ø  Cada pergunta equivale a um ponto, e cada ponto corresponde ao valor unitário de um doce;
Ø  Se nenhum dos dois sorteados não souberem responder a/as pergunta/as, nenhum dos dois pontua. E a pergunta é passada para os demais alunos de sala responder;
Ø  Se o aluno errar a conta proposta ele perde um ponto;
Ø  Cada aluno ganha uma bala ou pirulito por acerto;
Ø  Se um dos alunos acertar as três perguntas ele ganhará dobrado, ou seja, ao invés de três ganhara seis balas;
Ø  Se houver conversa paralela na vez do outro aluno, o educando que estiver conversando perde um ponto quando for sua vez;
Ø  Foi previamente estabelecido que a tabuada a ser tomada seja a da multiplicação, salvo o sorteio de três alunosque quando sorteados seria feito perguntas relacionadas à adição visto que eles ainda não têm domínio da multiplicação;
Ø  Se houver repasse de informação indevida “cola”, na vez do outro o/os aluno/os envolvidos perderá um ponto quando chegar sua vez;
Posterior ao sorteio e participação de todos os alunos na gincana proposta, os professores deram mais uma a cada aluno como incentivo a participação e cooperação de todos os estudantes.Observamos a interação e a participação de todos os alunos presentes.   Em seguida, foi proposta aos grupos, a confecção de uma árvore de botões.

Árvores estas, que foram confeccionadas em coletividade, onde os alunos usaram os botões trazidos pelos integrantes do grupo e os fornecidos pelos professores, para a confecção de uma árvore de botões para o grupo. – Durante todos os momentos a troca e a doação de botões entre os grupos foram estimuladas.   Os botões foram utilizados pelos alunos para representar as folhas e frutos das árvores pelos alunos confeccioná-las.
Botões estes. que em sua variedade de cores, tamanhos e formas, os professores fizeram uma analogia para representar o quão rico e variado é a identidade cultura, étnica e de gênero humano. E que esta diversidade humana tem que ser respeitada, pois todos nós fazemos parte do conceito de um mundo plural. Trabalhando assim o respeito aos comportamentos atribuídos aos gêneros, culturas e religiões.
Material e Método: Avaliação:

*      Notebook;
*      Balas;
*      Pirulito;
*      Quadro e giz;
*      Folhas de Papel Cartão;
*      Cola;
*      Balas comestíveis;
*      Pirulito;
*      Tesoura;
*      Régua;
*      Folhas de Cartolina;
*      Giz de Cera;
*      Botões Fita adesiva.

Considerações:
            Considero que a execução desta atividade que leva como título a “Árvore de Botões”, foi de grande valia para o desenvolvimento das atividades de cooperação entre os alunos. Observei que o trabalho foi bem recebido pelos aluno (a)s, que demonstraram boa receptividade e aceitação da proposta feita pelos professores. Outro ponto positivo foi o interesse e a participação dos alunos na gincana de tabuada feita pelos professores como tema despertador da atenção em sala. Foi nítida a atenção que os alunos deram para a gincana. – Fato este, que propomos repetir a gincana na sexta-feira seguinte, pois esta proposta despertou grande interesse por parte dos educandos.
             Fora as dificuldades de subsídio do projeto, problemática comum enfrentada pelos professores, que dificulta à realização das atividades alternativas propostas, as outras dificuldades foram vencidas na primeira aula facilmente, superadas com o diálogo, onde o professor explicou a importância de se respeitar a diversidade humana. - Dificuldades estas, que podemos ressaltar a discriminação,exemplificada claramente nas falas de alguns alunos, quando criticam e se negam a realizarem o trabalho proposto com alguns colegas. Falas esta que podemos citar: - Não quero fazer este trabalho com ele! – Este grupo só tem mulher, não quero ficar nele! – Queria eu ter escolhido meu grupo. Não gostei deste grupo. – Não gosto de realizar trabalho em grupo. Não vou fazer! 
            Foi observado que as falas discriminatórias, estão presentes tanto nos discursos masculinos quanto nos femininos, narrados no parágrafo anterior. Ou seja, ao menos nas turmas escolhidas para a execução das atividades, tanto as mulheres quanto os homens demonstraram ainda ter alguns resquícios de preconceito em relação às questões de aceitação das diferenças em sala de aula. Contudo, devemos ressaltar que estas ações preconceituosas foram facilmente contornadas pelos professores, que não se omitiram e impediram que estas falas e ações discriminatórias feitas por alguns alunos viessem a reforçar os efeitos danosos que as práticas discriminatórias trazem para quem sofre com os seus efeitos.


          Deste modo podemos concluir que durante a realização das atividades propostas, contribuímos para que os ideais de respeito á pluralidade cultural, religiosa e de gênero existente no mundo fossem reforçados. Acreditando nos ideais transformadores que a educação pode criar.
 

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Usando a criatividade para quebrar paradigmas e preconceitos normatizados na sociedade.

Boa tarde!

Amigos(as), com o intuito de trabalhar os temas transversais em sala de aula e preparar nossos alunos para vivência em sociedade, priorizando o respeito e as diferenças culturais, apresento a aula entituladaJOGANDO AS TRANÇAS, após a leitura espero a participação com criticas ou sugestões.

As transas de Bintou


Objetivos:

Relacionar o respeito às diferenças e o direito à cidadania;
Valorizar e respeitar a pluralidade cultural e étnicaexistente no mundo.
Priorizar as prática cooperativas, no intuito de desenvolver as relações de parceria e cooperação entre os educandos.

Tentando por um fim a toda forma de segregação racial e discriminatória sofrida pela população afrodescendente brasileira, durante toda a  colonização até os dias atuais.  Assim engajado nas lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e também pelo respeito à diversidade.
Apesar dessa fragmentação, gênero, raça, etnia e sexualidade estão intimamente imbricados na vida social e na história das sociedades ocidentais e, portanto, necessitam de uma abordagem conjunta. Para trabalhar estes temas de forma transversal, será fundamental manter uma perspectiva não essencialista em relação às diferenças. A adoção dessa perspectiva justifica-se eticamente, uma vez que o processo de naturalização das diferenças étnico-raciais, de gênero ou de orientação sexual, que marcou os séculos XIX e XX, vinculou-se à restrição do acesso à cidadania a negros, indígenas, mulheres e homossexuais. (Gênero e Diversidade na Escola, 2009)

Partindo do pressuposto que o Brasil é um país desigual, usaremos a temática do livro: As transas de Bintou, uma garota negra que sofre por achar-se feia, quando comparada as outra mulheres da aldeia em que ela vive.

Devido ao grande interesse e participação dos alunos, hora já ressaltados na primeira aula, nos dividimos as salas em novos grupos. Mas, repetimos o método de recepção dos alunos, seguido novamente da realização da gincana da tabuada. Visto que os alunos demonstraram grande interesse e pediram para que nós repetíssemos esta gincana. Obs: Os métodos e regras propostos para gincana da tabuada já foram descritos na atividade de n° 1 do projeto. 
Para a realização da atividade que tem como título “ As transas de Bintou”,  usaremos como recursos despertador do debate, o livro digitalizado: As transa Bintou. Livro de autoria de Sylviane A. Diouf, que narra a história de uma menina que vive na África e que sonha em ter tranças longas, enfeitadas com pedras coloridas e conchinhas, como as de sua irmã mais velha e de outras mulheres de seu convívio. O livro elege a fantasia como valor capaz de recobrar o sentido mais profundo da infância. Suas belas ilustrações e os personagens bem delineados são capazes de trazer ao leitor uma visão da cultura africana, permitindo assim, repensar também a cultura brasileira.
Em seguida foi cria um debate em sobre as temáticas abordado pelo livro,no intuito de procurar questionar a descriminação étnicas e os estereótipos de beleza (padrões de beleza), que são normatizados em sociedade.
Em seguida, será proposto aos alunos, pelos professores a confecção de uma atividade artística, de produção de autorretratos. Que será confeccionado em coletividade, pelos alunos do grupo. Desenhos este que os professores reunirão todos em um grande mural, em torno uma frase que prega os dizeres: “Na minha escola todo mundo é igual” . Assim, o professor tenta fazer a analogia entre a miscigenação das etnias que ajudaram a compor a população brasileira com a variedade de representação de formas de cabelos e semblantes produzidos pelos alunos.   Outro diferencial exaltado pelo professores foi a queda dos estereótipos de grego, assimilados pela população ocidental.



Para tentar romper com este padrão de beleza “branca, de cabelo liso, loira, magra e jovem,” o professor Ecion propôs em segredo, a algumas alunas do 4° ano B, que viessem neste dia com tranças nos cabelos, dreads e diferentes tipos de penteados. Para que o professor pudesse assim fazer uma relação entre os diferentes tipos de cabelos, a influencia genética e os diferentes tipos de penteados e tranças como representação e influencia cultural do indivíduo. Deste modo, reafirmando os ideais que não cabe a nós julgarmos ninguém pela sua aparência física.


A aula a seguir encerra um ciclo onde o ensino transita da teoria para prática, momento de descontração e de carinho, de amor ao próximo...